sábado, 16 de julho de 2011

Manhã preguiçosa

Hoje ainda acordei desesperada porque o relógio não havia despertado. A aflição durou poucos minutos quando me lembrei  que não tinha que ir trabalhar. Que sensação maravilhosa poder esticar na cama, sem tempo para levantar. Fiquei por ali por mais alguns minutos, pensando na noite anterior. Tentei lembrar os detalhes, mas a mente ainda embriagada, não conseguia. Tive novamente a certeza que havia colocado a carroça na frente dos bois. Embora desta vez eu não estivesse arrependida, o sentimento de medo da rejeição que certamente viria a seguir, me assombrou. Lembrei-me  mais da minha voz do que da dele. Que chato! Por que falo tanto? Queria emudecer de vez em quando. As imagens, como fotografias, lindas! Tive que levantar a procura de um remédio que acabasse com a dor de cabeça. Ao caminhar pela casa fui encontrando as pistas. Taças de vinho, garrafas vazias, frios pela mesa, luzes acesas. Fiquei com uma preguiça de arrumar tudo aquilo. Pensei no meu dia. Tinha que me organizar para as coisas que tinha agendado. Abri a janela e vi um dia lindo! Pensei  em viajar pelas redondezas. Almoçar na cidade vizinha. Ao pegar meu celular vi mensagens que não tinham sido respondidas. Não era possível respondê-las mais. O interfone tocou. A voz dizia sobre uma encomenda que havia chegado. Que encomenda? Esses porteiros! Olhei para tudo , fui andando até o quarto e então disse a mim mesma: Que todas as atividades do dia e pensamentos da minha mente esperem mais um pouco, vou dormir mais um tiquinho, afinal estou de férias.

Um comentário:

Coisas da Laura disse...

Que delícia de texto.Quem nunca pasaaou por isso?Se não passou...que pena!